The Handmaiden
- Admin
- 3 de out. de 2017
- 2 min de leitura
O filme sul-coreano The Handmaiden (A Criada, 2016) foi produzido em 2015, sob um orçamento de quase 9 milhões de dólares e rendeu uma premiação no Festival de Cannes. O longa se passa na época da invasão japonesa na Coreia do Sul, na década de 1930, quando o Japão procurava expandir seus domínios entre 1910 e 1945. Diante disso, somos apresentados a Sook‑Hee, uma jovem sul-coreana que começa a trabalhar na casa de Hideko, uma herdeira japonesa que vive com seu tio autoritário e, juntamente com um vigarista, a empregada pretende dar um golpe na dama. Porém, ambas acabam se apaixonando, enquanto Sook-Hee deve decidir se segue em frente com o plano, correndo o risco de também ser dedurada, ou se permanece com Hideko.

(Divulgação)
O longa é dirigido pelo coreano Chan-wook Park, conhecido pelo filme Oldboy (2003), pela violência dos filmes e cenas cruas, ou seja, sem muitos efeitos e jogos de câmera. A fotografia é feita por Chung-hoon Chung, que possui um trabalho consagrado na indústria cinematográfica, sendo ele o responsável pela direção fotográfica de It: A Coisa, exibida atualmente nos cinemas, e também de Oldboy, já citado anteriormente.
A fotografia de Chung-hoon Chung.
Diferente de O Grande Hotel Budapeste, em que a maioria das cenas tinham câmera fixa, The Handmaiden trabalha com planos em movimento, com a câmera sempre acompanhando as ações das personagens. Esse tipo de captura de cena valoriza a atuação de quem a câmera segue. Os planos fechados e a câmera subjetiva são elementos convidativos para o espectador se colocar no lugar dos atores e se envolver na trama.
A cor do filme, predominantemente em tons considerados sóbrios, condiz com a época retratada, exceto em ambientes externos, repleto de tons verdes do jardim em contraste com o azul do céu. As luzes de velas dão charme às cenas internas, que ganham uma matiz mais alaranjada, transmitindo uma sensação de calor, por exemplo. Percebe-se, também, um cuidado da equipe com o cenário, o figurino e maquiagem para recriar toda a ambientação da época no extremo Oriente: as casas tradicionais com portas de correr, tatames, móveis predominantemente de madeira maciça e decoração “antiquada”; quimonos, ternos e vestidos alongados, bem como os coques, tranças e penteados tradicionais das gueixas. O enquadramento apresenta simetria em várias cenas, a maioria em plano aberto e a composição de algumas cenas parecem ser “pinturas”.

Fonte: Seul Space
Veja o trailer a seguir:
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