PAPERMAN
- Admin
- 26 de set. de 2017
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Paperman (O Avião de Papel, em português) é um curta-metragem no estilo de animação, lançado no ano de 2012, pela Walt Disney Animation Studios e com direção de John Kahrs.

O filme, ganhador do Oscar de melhor curta-metragem de animação em 2012, conta uma história de amor. O curta é ambientado em Nova Iorque, meados do século XX, e mostra como Greg e Meg se conheceram: em uma estação de metrô, quando um papel voa no rosto de Meg e deixa sobre ele uma marca de batom. Mais tarde, o homem a vê pela janela do escritório onde trabalha e passa a jogar aviões de papel para tentar chamar sua atenção, porém com uma sucessão de falhas e com seu chefe cobrando a sua produção o tempo todo. Ao final, ocorre um encontro proporcionado pela colaboração dos aviões de papel caídos na avenida, que levam as personagens ao mesmo local.

John Kahrs é o responsável pela direção, e também trabalhou em outras produções da Disney como Bolt, Enrolados, Detona Ralph e Frozen como animador. O estilo de seus curtas são mais minimalistas, com personagens que atraem a atenção por suas representações na história e abordagens com um lado emocional, também possível de observar no curta June, para a empresa de transporte Lyft. Kahrs disse ao Collider que teve a ideia ao se perguntar “E se duas pessoas que fossem perfeitas uma para outra se encontrassem e depois se perdessem? Como os fatos colaborariam para trazer essas duas pessoas de volta novamente?”.
Paperman mistura computação gráfica com desenhos feitos à mão, ou seja, é uma espécie de mistura entre o 3D e o 2D. A técnica é obtida por meio do software Meander, ainda não disponível ao público.
A animação em tonalidades cinzas provoca um tom de nostalgia não só pelas cores, mas também por sua história, que pode despertar identificações e lembranças em quem assiste o curta. O estilo preto e branco é considerado um clássico dentro da fotografia, o que no filme pode remeter a uma ideia de “amor romântico”, a tradicional história de encanto em um primeiro momento, seguido por algum conflito que separa o casal, terminando com a emoção de um reencontro. A única cor que está presente é o vermelho do batom de Meg. O vermelho é uma cor quente que usualmente está associada à paixão, ao amor e gera contraste com o cinza, que lembra solidão, tristeza e é uma cor mais fria.

A emoção transmitida no curta não se dá somente por meio da narrativa, há uma linguagem audiovisual utilizada que permite compreender isso, como os planos fechados (close-up), no qual o foco é maior nas expressões das personagens e é mais intimista por excluir outros elementos de cena e a linguagem corporal dessa mesma personagem.
Confira a animação no vídeo a seguir:
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